terça-feira, 21 de junho de 2011

Avaliação sobre a Disciplina Tecnologia e Educação

Avaliação sobre a Disciplina Tecnologia e Educação

Como profissional da atualidade, o professor de filosofia professa a necessidade de se resgatar, conservar e promover o diálogo e compreensão humana em meio ao esquecimento num mundo automatizado em pensamentos, emoções e ações, e disfarçado pelas metamorfoses de novidades programadas. Nesse meio o professor de filosofia compromete-se com a relação significativa entre os diversos saberes instaurados pelo todo da tradição, a fim de contribuir para a consciência sobre as bases e os rumos de desenvolvimento dos indivíduos, da sociedade e das suas instituições. Integrado a essa sociedade que pretende ter o conhecimento por fundamento de seu ser, ele intensifica a reflexão e a consciência sobre as matrizes e as estruturas do pensamento contemporâneo em suas relações e transformações políticas, científicas e técnicas.
Em particular, julgamos que a disciplina de Tecnologia e Educação contribuiu para nossa formação nos seguintes sentidos: em nossa sociedade contemporânea a mediação das pessoas para se relacionarem com o mundo em geral se dá a partir da imagem. Um exemplo que explicita tal situação, é que em média as crianças brasileiras ficam oito horas/dia assistindo televisão; e em contrapartida quatro horas em sala de aula. Com isso é referendado utilizar em sala de aula os meios tecnológicos para fazer a mediação pedagógica dos diferentes temas abordados, afim dos educados serem sensibilizados para a tematização introdutória dos conteúdos a serem escolhidos pelo professor para promover o processo de ensino/aprendizagem. Segundo a literatura especializada no estudo de Educação e Tecnologia, relatam que as crianças e jovens não conseguem pensar sem referencia as imagens. Ocorre que há mudança no próprio sistema neurológico das pessoas, pois as afetações reiteradas de fluxos de imagens promovem a alteração na dinâmica das sinapses do cérebro. Por conseguinte, a cognição humana só é mobilizada para suas diferentes atividades, (memória, imaginação, percepção e julgamento), a partir da relação imagética.
Contudo, os meios de comunicação fornecem imagens prontas que servem para hipnotizar as pessoas. As mensagens veiculadas servem para ludibriar a opinião pública, defender os interesses das classes hegemônicas e exibir programas de entretenimento que tocam apenas aquilo que nos é mais primitivo e nos assemelha aos animais: tocam virtualmente os nossos sentidos. Por outro lado, cabe ao professor fazer junto com os alunos uma reflexão crítica sobre a própria imagem veiculada pelos meios tecnológicos: problematizar suas mensagens diretas e subliminares, seus elementos estéticos e artísticos, estabelecer uma postura dialógica e interdisciplinar da temática abordada junto aos diferentes domínios do currículo escolar, etc. Em fim, o homem deve escolarizar a máquina, pois esta é constituída de comandos automáticos aos quais devemos dominar e operar para lograr êxito na sua execução. No entanto, o professor que não problematizar refletir e estabelecer uma postura crítica frente a máquina e os conteúdos por ela armazenada pode ser substituído pela mesma.

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